domingo, 13 de julho de 2014

JOGO DA VIRADA

E o Campeonato mais esperado do ano começara. E o favorito a campeão, a equipe do país sede, que mesmo tendo ganhado todas as partidas da fase eliminatória, chegado invictos às Oitavas de Final, e com maestria e humildade passado as Quartas de Final, foi na Semifinal, que aconteceu algo que ninguém previra: com erros técnicos e táticos da zaga ao ataque, e um treinador que não sabia o que fazer, o time perdeu, mas não foi só uma derrota, o time fora massacrado. E assim uma nação inteira ficara sem chão, sem o sorriso que era sua marca, sem sua alegria contagiante... A nação calou-se. 

Mas ainda havia uma luz no fim do túnel, no final daquela semana, haveria a disputa do terceiro lugar. No entanto, a história se repetira, novamente o time perdera... E as lágrimas vieram a tona. Ninguém conseguia pensar em mais nada, só que este talvez fosse o fim daquele time, que era desde o seu começo o orgulho de todo o país. 

E agora, é o fim do time? Cada jogador vai procurar outro rumo para seguir e o time vai extinguir-se? Talvez sim, talvez não.

Assim, durante quase quatro anos não se ouviu falar do time, chegava já o dia da cerimônia de abertura da nova edição do Campeonato, e tudo indicava que desta vez o time não iria jogar. Mas, eis que em uma manhã cinza, faltando apenas um dia para que as competições começassem, toda a nação acordou com o grito de uma vuvuzela, a qual chamava-os para ouvir o pronunciamento do capitão do time:

- Meu povo, minha nação, estou aqui hoje, para lhes dizer que nosso time está vivo, e vem com tudo para este campeonato. Nós tentamos, eu repito tentamos, consertar todos os erros. É claro que ainda temos falhas a reparar, mas isso nunca nos impediu de jogar e não é agora que vai impedir - em lágrimas e depois de uma longa pausa ele completou - é por vocês, é por vocês nação, é por vocês que jogaremos!

Toda a nação foi ao delírio. Todos gritavam e pulavam como se tivessem sido campeões. O time seguiu viagem até o país vizinho, que era sede do campeonato desta vez. 

E o Campeonato mais esperado do ano começara (acho que eu já disse isso). Antes de cada jogo o time, que não era favorito desta vez, fazia uma oração e ao final diziam todos juntos "É pela nossa nação!". 

Parece irônico, mas as semifinais se repetiram, e o time estava frente a frente com a equipe que os massacrara quatro anos antes. Todos achavam que seria o fim, no intervalo o placar eletrônico do estádio marcava 5 x 0, do mesmo modo que marcava quatro anos antes, e para o mesmo time. No vestiário, o técnico dizia que a "mágica" deles deveria acontecer no segundo tempo, e que ele ainda acreditava neles, assim como toda a nação. 

Já em campo para o segundo tempo, os adversários encararam-se pela última vez, quando o árbitro apitou o início da partida e logo no primeiro minuto, notava-se a "mágica" começar. O zagueiro cabeludo, roubava a bola no campo de defesa e ia para o ataque. Sem jogador livre para passar ele, de fora da área chutou na direção do gol, acertando o ângulo da trave, e marcando o primeiro gol do time. Depois, o atacante baixinho, que corria como um maratonista, em bela jogada individual, infiltrou-se pelo meio de toda a zaga adversária e bateu no canto direito do goleiro, marcando o segundo gol. E assim, o camisa 11 bateu uma falta com maestria, deixando a bola morrer no fundo do gol e em seguida o capitão lançou a bola na grande área e o atacante grandalhão de bumbum grande marcou o quarto gol (com a sua "abundância"). Aos trinta minutos, apareceu a estrela do centroavante marcando de cabeça. O jogo estava empatado e aos 47 minutos, o craque do time ia deixar seu gol para marcar a virada do time e passaporte para a grande final. Porém, ao chegar na área, entrada dura por trás. 

- PENALTI! - gritava a torcida, os narradores, comentaristas, jogadores e o árbitro. Era a bola do jogo para o time. O craque bem que iria bater o pênalti, não fosse ter torcido o tornozelo. Então foi o zagueiro cabeludo que bateu. Bola para um lado, goleiro para o outro. O time virara o jogo, 5 x 6, no placar, o time estava na grande final. Comemoração não faltou.

Agora era a grande final. O atual campeão entraria em campo pelo bicampeonato enquanto o outro time, entrava para resgatar sua honra e conquistar o hexacampeonato. E apita o árbitro. Jogo equilibrado no primeiro tempo, na saída para o vestiário, 0 x 0 no placar. E assim permaneceu até os últimos minutos do segundo tempo, quando o zagueiro cabeludo fez boa jogada no meio de campo e chegou no ataque, ao ver o craque livre lançou a bola para ele, que com uma bicicleta fez uma coisa incrível: um gol, no mesmo instante em que o árbitro apontava o centro de campo. O time comemorava agora a conquista do hexacampeonato. Houve a premiação e o capitão, levantou a taça. Foi festa o resto do dia e durante toda a semana.

E isso só aconteceu, porque os jogadores descobriram uma palavra chamada DETERMINAÇÃO, um técnico chamado DEUS, que lhes ensinou a diferença entre GANHAR e VENCER, um novo companheiro de time chamado UNIÃO, e uma boa amiga para todas as horas, a ESPERANÇA.     


E pra quem não sabe, a diferença entre GANHAR e VENCER, não é só a posição no dicionário. A diferença é que ganhar, é receber sem esforço, mas vencer é ser premiado pelos esforços. Ou seja, todos nós somos vencedores, mesmo quando perdemos, pois é na derrota que percebemos os erros, e adquirimos EXPERIÊNCIA.



Essa é uma singela homenagem, aos nossos guerreiros da seleção brasileira: Júlio César, Thiago Silva, David Luiz, Daniel Alves, Marcelo, Fernandinho, Hulk, Paulinho, Fred, Neymar, Oscar, Jefferson, Dante, Maxwell, Henrique, Ramires, Luiz Gustavo, Hernanes, Willian, Bernard, Jô, Victor e Maicon. Vocês são vencedores sim e campeões também, mesmo na derrota estou com vocês. 

#Vai-Brasil

Autor(a): Vallery Corrêa

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