JOGO DA
VIRADA
E o
Campeonato mais esperado do ano começara. E o favorito a campeão, a equipe do
país sede, que mesmo tendo ganhado todas as partidas da fase eliminatória,
chegado invictos às Oitavas de Final, e com maestria e humildade passado as
Quartas de Final, foi na Semifinal, que aconteceu algo que ninguém previra: com
erros técnicos e táticos da zaga ao ataque, e um treinador que não sabia o que
fazer, o time perdeu, mas não foi só uma derrota, o time fora massacrado. E
assim uma nação inteira ficara sem chão, sem o sorriso que era sua marca, sem
sua alegria contagiante... A nação calou-se.
Mas ainda
havia uma luz no fim do túnel, no final daquela semana, haveria a disputa do
terceiro lugar. No entanto, a história se repetira, novamente o time perdera...
E as lágrimas vieram a tona. Ninguém conseguia pensar em mais nada, só que este
talvez fosse o fim daquele time, que era desde o seu começo o orgulho de todo o
país.
E agora, é o
fim do time? Cada jogador vai procurar outro rumo para seguir e o time vai
extinguir-se? Talvez sim, talvez não.
Assim,
durante quase quatro anos não se ouviu falar do time, chegava já o dia da
cerimônia de abertura da nova edição do Campeonato, e tudo indicava que desta
vez o time não iria jogar. Mas, eis que em uma manhã cinza, faltando apenas um
dia para que as competições começassem, toda a nação acordou com o grito de uma
vuvuzela, a qual chamava-os para ouvir o pronunciamento do capitão do time:
- Meu povo,
minha nação, estou aqui hoje, para lhes dizer que nosso time está vivo, e vem
com tudo para este campeonato. Nós tentamos, eu repito tentamos, consertar
todos os erros. É claro que ainda temos falhas a reparar, mas isso nunca nos impediu
de jogar e não é agora que vai impedir - em lágrimas e depois de uma longa
pausa ele completou - é por vocês, é por vocês nação, é por vocês que
jogaremos!
Toda a nação
foi ao delírio. Todos gritavam e pulavam como se tivessem sido campeões. O time
seguiu viagem até o país vizinho, que era sede do campeonato desta vez.
E o
Campeonato mais esperado do ano começara (acho que eu já disse isso). Antes de
cada jogo o time, que não era favorito desta vez, fazia uma oração e ao final
diziam todos juntos "É pela nossa nação!".
Parece
irônico, mas as semifinais se repetiram, e o time estava frente a frente com a
equipe que os massacrara quatro anos antes. Todos achavam que seria o fim, no
intervalo o placar eletrônico do estádio marcava 5 x 0, do mesmo modo que
marcava quatro anos antes, e para o mesmo time. No vestiário, o técnico dizia
que a "mágica" deles deveria acontecer no segundo tempo, e que ele
ainda acreditava neles, assim como toda a nação.
Já em campo
para o segundo tempo, os adversários encararam-se pela última vez, quando o
árbitro apitou o início da partida e logo no primeiro minuto, notava-se a
"mágica" começar. O zagueiro cabeludo, roubava a bola no campo de
defesa e ia para o ataque. Sem jogador livre para passar ele, de fora da área chutou
na direção do gol, acertando o ângulo da trave, e marcando o primeiro gol do
time. Depois, o atacante baixinho, que corria como um maratonista, em bela
jogada individual, infiltrou-se pelo meio de toda a zaga adversária e bateu no
canto direito do goleiro, marcando o segundo gol. E assim, o camisa 11 bateu
uma falta com maestria, deixando a bola morrer no fundo do gol e em seguida o
capitão lançou a bola na grande área e o atacante grandalhão de bumbum grande
marcou o quarto gol (com a sua "abundância"). Aos trinta minutos,
apareceu a estrela do centroavante marcando de cabeça. O jogo estava empatado e
aos 47 minutos, o craque do time ia deixar seu gol para marcar a virada do time
e passaporte para a grande final. Porém, ao chegar na área, entrada dura por
trás.
- PENALTI! -
gritava a torcida, os narradores, comentaristas, jogadores e o árbitro. Era a
bola do jogo para o time. O craque bem que iria bater o pênalti, não fosse ter
torcido o tornozelo. Então foi o zagueiro cabeludo que bateu. Bola para um
lado, goleiro para o outro. O time virara o jogo, 5 x 6, no placar, o time
estava na grande final. Comemoração não faltou.
Agora era a
grande final. O atual campeão entraria em campo pelo bicampeonato enquanto o
outro time, entrava para resgatar sua honra e conquistar o hexacampeonato. E
apita o árbitro. Jogo equilibrado no primeiro tempo, na saída para o vestiário,
0 x 0 no placar. E assim permaneceu até os últimos minutos do segundo tempo,
quando o zagueiro cabeludo fez boa jogada no meio de campo e chegou no ataque,
ao ver o craque livre lançou a bola para ele, que com uma bicicleta fez uma
coisa incrível: um gol, no mesmo instante em que o árbitro apontava o centro de
campo. O time comemorava agora a conquista do hexacampeonato. Houve a premiação
e o capitão, levantou a taça. Foi festa o resto do dia e durante toda a semana.
E isso só
aconteceu, porque os jogadores descobriram uma palavra chamada DETERMINAÇÃO, um
técnico chamado DEUS, que lhes ensinou a diferença entre GANHAR e VENCER, um
novo companheiro de time chamado UNIÃO, e uma boa amiga para todas as horas, a
ESPERANÇA.
E pra quem
não sabe, a diferença entre GANHAR e VENCER, não é só a posição no dicionário.
A diferença é que ganhar, é receber sem esforço, mas vencer é ser premiado
pelos esforços. Ou seja, todos nós somos vencedores, mesmo quando perdemos,
pois é na derrota que percebemos os erros, e adquirimos EXPERIÊNCIA.
Essa é uma singela homenagem, aos nossos guerreiros da seleção brasileira: Júlio César, Thiago Silva, David Luiz, Daniel Alves, Marcelo, Fernandinho, Hulk, Paulinho, Fred, Neymar, Oscar, Jefferson, Dante, Maxwell, Henrique, Ramires, Luiz Gustavo, Hernanes, Willian, Bernard, Jô, Victor e Maicon. Vocês são vencedores sim e campeões também, mesmo na derrota estou com vocês.
#Vai-Brasil
Autor(a): Vallery Corrêa
Autor(a): Vallery Corrêa
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