A ESTRADA DO AMOR
Existem vária histórias que falam
sobre triângulo amorosos, mas a que vou contar agora é diferente de todas.
Em fins do ultimo século, uma
jovem com seus 20 anos, protagonizou a mais louca, incomum e envolvente história
de amor. Seu nome, Catarina. O ocorrido: Catarina namorava Fábio, rapaz
estudioso e respeitável. Ambos cursavam engenharia civil, e junto deles, o melhor
amigo de Fábio, Arthur, o qual escondia uma paixão por Catarina.
Numa linda e estrelada noite de
Sábado, os três estavam na casa de Arthur para ver um filme. Quando este
acabou, Fábio deixou os outros dois sozinhos, o motivo não se sabe. O que
importa é que Arthur beijou Catarina. Ela entregou-se a ele por alguns
instantes:
- Não! Eu não posso - exclamou a
garota
- Por que não? Por que você é
namorada do meu melhor amigo?
- Sim, eu... Eu... - e antes que
ela pudesse argumentar, ele beijou-a novamente, no exato minuto em que Fabio
voltou:
- O que significa isso? -
perguntou irritado
- Não é o que você está pensando
cara! - respondeu-lhe Arthur
- Então quer dizer que você não
estava beijando a minha namorada? - retrucou Fabio - responde se for homem
- Calma amor, mantenha a calma -
diz Catarina
- E você Catarina, eu te dou amor
e você me paga com traição... Nosso namoro termina aqui - diz Fábio e vai
embora sem olhar para trás.
Catarina senta-se angustiada.
Arthur fala com ela. Os dois bebem uma garrafa de Uísque juntos e vão para a
cama. Sim, naquela noite eles dormiram juntos.
Passados dois meses sem que os
três se falassem, Catarina procura Arthur e Fabio. Quando os três se encontram,
Fábio perguntou por que Arthur estava ali. Catarina respondeu:
- Preciso falar com vocês dois
Nisso os rapazes perguntaram o
motivo de ela falar com os dois ao mesmo tempo e, em seguida começaram a
discutir e a xingar-se. Ela interrompe e diz:
- Estou grávida!
- De mim? - perguntaram ambos ao
mesmo tempo
- Eu não sei - disse ela - numa
noite dormi com o Fábio e na seguinte com Arthur.
Os rapazes começaram a discutir
de novo, e Catarina os interrompe (de novo), e sugere que se faça um exame de
DNA com cada um dos rapazes assim que a criança nascesse.
Logo que o bebê nasceu, veio a
estranha novidade: os garotos eram irmão de sangue, filhos do mesmo pai, porém
não da mesma mãe. E o exame de DNA, positivo para os dois. Os médicos acreditam
que além dos pais serem irmãos, houve uma mistura nos genes, gerando apenas um
feto a partir de dois espermatozoides, algo incomum até na medicina.
Enquanto os rapazes brigavam para
ver quem iria registrar a criança, Catarina, que estava horrorizada, fugiu com
o bebe, deixando somente uma carta, que dizia o seguinte: "queridos
Fábio e Arthur, eu estou indo embora para sempre, pois não aguentarei muito
tempo, nem mesmo me acostumarei com essa situação. Quero que saibam que nosso
filho está bem, é um menino, e eu lhe dei o nome José Henrique de Campos Sodré,
tendo o sobrenome de vocês dois. Peço que não me procurem. Nosso
filho estará seguro com minha tia, a Anastácia. Quanto a mim, vou acabar
morrendo de depressão, angustia ou vou eu mesmo me matar. Amo muito vocês dois.
ASS.: Catarina Albuquerque.”
Os dois leram, e assim que terminaram,
foram atrás dela. Quando encontraram-na, já não respirava. Eles a enterraram e
morreram do mesmo jeito que ela, pelo suicídio. Talvez eles estejam em algum
lugar melhor, ou talvez não. Só o que sobrou deles foi o bebê, já que eles
foram quase totalmente esquecidos, sendo que apenas eu me lembro deles, e que
eles escolheram a mais curta estrada que se pode seguir, a estrada do amor.
Autor (a): Vallery Corrêa
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