quinta-feira, 23 de maio de 2013

A ESTRADA DO AMOR


Existem vária histórias que falam sobre triângulo amorosos, mas a que vou contar agora é diferente de todas.
Em fins do ultimo século, uma jovem com seus 20 anos, protagonizou a mais louca, incomum e envolvente história de amor. Seu nome, Catarina. O ocorrido: Catarina namorava Fábio, rapaz estudioso e respeitável. Ambos cursavam engenharia civil, e junto deles, o melhor amigo de Fábio, Arthur, o qual escondia uma paixão por Catarina.
Numa linda e estrelada noite de Sábado, os três estavam na casa de Arthur para ver um filme. Quando este acabou, Fábio deixou os outros dois sozinhos, o motivo não se sabe. O que importa é que Arthur beijou Catarina. Ela entregou-se a ele por alguns instantes:

- Não! Eu não posso - exclamou a garota

- Por que não? Por que você é namorada do meu melhor amigo?

- Sim, eu... Eu... - e antes que ela pudesse argumentar, ele beijou-a novamente, no exato minuto em que Fabio voltou:

- O que significa isso? - perguntou irritado

- Não é o que você está pensando cara! - respondeu-lhe Arthur

- Então quer dizer que você não estava beijando a minha namorada? - retrucou Fabio - responde se for homem

- Calma amor, mantenha a calma - diz Catarina

- E você Catarina, eu te dou amor e você me paga com traição... Nosso namoro termina aqui - diz Fábio e vai embora sem olhar para trás.

Catarina senta-se angustiada. Arthur fala com ela. Os dois bebem uma garrafa de Uísque juntos e vão para a cama. Sim, naquela noite eles dormiram juntos.

Passados dois meses sem que os três se falassem, Catarina procura Arthur e Fabio. Quando os três se encontram, Fábio perguntou por que Arthur estava ali. Catarina respondeu:

- Preciso falar com vocês dois

Nisso os rapazes perguntaram o motivo de ela falar com os dois ao mesmo tempo e, em seguida começaram a discutir e a xingar-se. Ela interrompe e diz:

- Estou grávida!

- De mim? - perguntaram ambos ao mesmo tempo

- Eu não sei - disse ela - numa noite dormi com o Fábio e na seguinte com Arthur.

Os rapazes começaram a discutir de novo, e Catarina os interrompe (de novo), e sugere que se faça um exame de DNA com cada um dos rapazes assim que a criança nascesse.

Logo que o bebê nasceu, veio a estranha novidade: os garotos eram irmão de sangue, filhos do mesmo pai, porém não da mesma mãe. E o exame de DNA, positivo para os dois. Os médicos acreditam que além dos pais serem irmãos, houve uma mistura nos genes, gerando apenas um feto a partir de dois espermatozoides, algo incomum até na medicina.

Enquanto os rapazes brigavam para ver quem iria registrar a criança, Catarina, que estava horrorizada, fugiu com o bebe, deixando somente uma carta, que dizia o seguinte: "queridos Fábio e Arthur, eu estou indo embora para sempre, pois não aguentarei muito tempo, nem mesmo me acostumarei com essa situação. Quero que saibam que nosso filho está bem, é um menino, e eu lhe dei o nome José Henrique de Campos Sodré, tendo o sobrenome de vocês dois. Peço que não me procuremNosso filho estará seguro com minha tia, a Anastácia. Quanto a mim, vou acabar morrendo de depressão, angustia ou vou eu mesmo me matar. Amo muito vocês dois. ASS.: Catarina Albuquerque.”


Os dois leram, e assim que terminaram, foram atrás dela. Quando encontraram-na, já não respirava. Eles a enterraram e morreram do mesmo jeito que ela, pelo suicídio. Talvez eles estejam em algum lugar melhor, ou talvez não. Só o que sobrou deles foi o bebê, já que eles foram quase totalmente esquecidos, sendo que apenas eu me lembro deles, e que eles escolheram a mais curta estrada que se pode seguir, a estrada do amor.
 


Autor (a): Vallery Corrêa

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